Uma das principais causas do envelhecimento é a
perda do colágeno pelo organismo. Os músculos ficam flácidos, a densidade dos
ossos diminui, as articulações e os ligamentos perdem elasticidade e força
motora. A perda de colágeno começa aos 30 anos, sendo 1% ao ano.
O termo “colágeno” deriva das palavras gregas Kolla
(cola) e Genno (produção) e é atualmente utilizado para denominar uma
família de pelo menos 29 isoformas de proteínas encontradas no tecido
conjuntivo ao longo do corpo, como nos ossos, tendões, cartilagens, veias,
pele, dentes e músculos. O mais comum em nosso organismo (e também no mercado)
é o colágeno tipo I
O colágeno desempenha diversas funções no corpo
humano, como manter as células dos tecidos unidas e fortalecê-las, é
responsável também pela cicatrização e regeneração em caso de corte ou
cirurgia, auxilia na hidratação do corpo e parece estar ligado ao processo de
envelhecimento humano.
Então devo SIM suplementar colágeno,
especialmente a partir dos 30 anos! O colágeno ingerido é degradado em seus
aminoácidos constituintes e utilizado para produzir suas próprias proteínas de
colágeno de acordo com o tipo e a necessidade. Além disso, o colágeno é
produzido pelos fibroblastos, que também vão perdendo sua capacidade de
síntese, então para um resultado mais eficaz não basta apenas suplementar
colágeno, mas também é necessário estimular a capacidade de síntese dos
fibroblastos, sendo que a Vitamina C desempenha papel importante nesse
processo.
Diferença
entre colágeno e gelatina
Além do colágeno tipo I e da gelatina
(um derivado deste mesmo colágeno) já existe no mercado o colágeno Tipo II.
O colágeno tipo II está presente em
locais que resiste a grandes pressões, como a cartilagem elástica e hialina,
discos intervertebrais e nos olhos, daí o interesse do campo médico em estudar
seus efeitos contra doenças como a osteortrite (principalmente coluna, joelho,
dedos e quadril) e a artrite reumatoide, os primeiros estudos indicam que o seu
uso frequente reduz as dores sentidas pelos pacientes das duas doenças, mas as
pesquisas com este tipo de colágeno ainda são bem recentes.
A importância dos estudos sobre o colágeno
tipo II está também no fato da osteortrite se tratar de uma doença
autoimune e este tipo de colágeno ser bioidentico (por não ser desnaturado – ou
seja, não passar pelo processo de aquecimento a altas temperaturas para a sua
extração), o consumo oral do colágeno tipo II, ao passar pelo sistema
digestivo é reconhecido pelo organismo e isso dessensibiliza o sistema imune,
levando a uma tolerância oral.
Ele também é indicado nos casos de artrite e
osteoartrite, artrose e osteoartrose, atrite reumatoide, poliartritereumatóide
juvenil, lesão articular e lesão da cartilagem, inclusive nos casos de LER
(Lesão por Esforço Repetitivo).
A gelatina (tanto em pó quanto em cápsula)
é um derivado bovino e tem a habilidade de formar géis estáveis e reversíveis.
A principal diferença da gelatina para o colágeno (que compramos em pó ou
cápsulas) é que a gelatina não passa pelo processo de hidrólise, ou
seja, ela não é hidrolisada, mas também é colágeno (não hidrolisado)!
O colágeno hidrolisado (tipo I) também é
um derivado bovino com alto conteúdo proteico (84 a 90%), sua extração é feita
em água (temperaturas entre 50 e 60ºC) ou através de enzimas, este processo de
hidrólise quebra as moléculas da proteína presente no colágeno. Menores, elas
são absorvidas pelo organismo com mais facilidade, ou seja, você tem de
consumir uma dose bem maior de gelatina em cápsula para ter o mesmo
efeito do colágeno hidrolisado.
O colágeno tipo II por sua vez é extraído
de aves (frango) por um processo diferente do que é utilizado para a extração
da gelatina e do colágeno tipo I. Este processo é chamado de
não-desnaturado e não-enzimático, ou seja, não é utilizado enzimas nem altas
temperaturas, o que garante um colágeno sem alteração molecular (bioidêntico).
E as
gelatinas e colágenos de peixe? Qual a diferença?
Você pode encontrar ainda a gelatina de
peixe e o colágeno marinho,
ambos são fontes de colágeno tipo I, no entanto o colágeno marinho,
derivado das escamas dos peixes, é também rico em Ácido Hialurônico,
substância nutricosmética que combate o envelhecimento de dentro para fora, ele
promove o autopreenchimento cutâneo, diminuindo rugas e marcas de expressão.
E para os
Veganos... existe algum colágeno vegetal?
Para os vegetarianos e veganos uma
opção para substituição é o uso de Ágar-ágar, proveniente
de algas marinhas é uma fonte natural e vegetal de colágeno, que ainda possui
muitas fibras e minerais.
Pontos
importantes:
• O colágeno e a gelatina
não são incorporados no organismo, eles são suplementos de matéria-prima
(proteína e aminoácidos), que permitem ao nosso organismo produzir o colágeno
necessário.
• Para que ocorra a produção de colágeno em
nosso organismo é preciso a presença de vitamina C
(Ácido Ascórbico), por isso algumas cápsulas de colágeno já são
vendidas com Vitamina C.
• Além do colágeno, os tecidos
ósseo e conjuntivo, também requerem a presença de silício
um oligoelemento que, quando em deficiência, leva a debilidade dos tendões,
ossos e a doenças esclerosantes como a artrose.
O consumo regular de gelatina
e/ou colágeno
hidrolisado ajuda na formação do tecido humano, pois colabora na
cicatrização e regeneração dos tecidos. No caso das unhas e cabelos, o colágeno
forma uma matriz onde os minerais se fixam para deixá-los fortes, resistentes e
brilhantes. Para a pele o nutriente oferece mais elasticidade, porém, isto
terá pouca influência no aspecto e evolução da celulite.
Tá em dúvida ainda sobre qual o melhor tipo e
quantidade? Procure um profissional nutricionista habilitado que vai saber te
prescrever a melhor forma de suplementação do colágeno.