sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

METABOLISMO DE CARBOIDRATOS - Classificação dos Carboidratos


Olá pessoas que amam Bioquímica! Tudo bem com vocês? Eu super me empolgo com esse tema.. então bora!

O metabolismo nada mais é que um esse monte de reações que ocorrem dentro do nosso corpo o tempo todo. Não sei se todo mundo é assim, mas eu preciso ver alguma lógica para eu aprender algum assunto, não basta me passar a informação e decorar, eu preciso entender o porquê, da onde veio e prá onde vai! Por isso que a química é encantadora, como já dizia Antoine Lavoisier no século XVIII:
"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."
Com essa frase perfeita, ele definiu a lei da conservação das massas. Saiba mais aqui

E o Metabolismo dos Carboidratos, Jéssica?

Então minha gente, os carboidratos são moléculas orgânicas formadas por átomos de Carbono, Hidrogênio e Oxigênio (CHO) no caso dos monossacarídeos, por isso a gente abrevia assim e por isso eles são também chamados de Hidratos de Carbono e em inglês de Carbohydrates. Mas eles podem ter outros átomos na molécula também, como no caso dos dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos.

Eles são nossa principal fonte de energia e são responsáveis por diversas funções biológicas. 

Eles são classificados de várias maneiras: 

  • De acordo com o número de Carbonos,
  • De acordo com a localização da Carbonila,
  • De acordo com o grau de polimerização (número de unidades monoméricas... calma você já vai entender!)
GRAU DE POLIMERIZAÇÃO:

  1. Monossacarídeos: Moléculas de baixo peso molecular, com 3 a 6 átomos de Carbono formando uma única unidade (unidade monomérica) se conexão com outras unidades (nenhuma ligação glicosídica). Exemplos: manose, ribose, desoxirribose, galactose, frutose e glicose.
  2. Dissacarídeos: Formados pela ligação glicosídica entre dois Monossacarídeos com 6 átomos de Carbono, são formados pelas hexoses (veja abaixo o que são hexoses). Precisam ser digeridos para serem absorvidos. Exemplos: sacarose, lactose, maltose e isomaltose. Os Mono e Dissacarídeos possuem sabor adocicado.
  3. Oligossacarídeos: Pequenas cadeias de monossacarídeos (podendo ser denominados de tri a pentassacarídeos dependendo do número de monossacarídeos presentes na molécula). Exemplos: maltodextrina, inulina, oligofrutose, estaquiose, ciclo-heta-amilose. Com exceção da maltodextrina, os oligossacarídeos não são digeridos em humanos.

 Ligação Glicosídica é uma ligação covalente que ocorre entre os monossacarídeos para formar dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos.
A complexidade do carboidrato aumenta de acordo com o  número de ligações glicosídicas. A ligação glicosídica é sempre acompanhada de uma letra grega alfa ou beta, dependendo da posição dos átomos de Hidrogênio ou Hidroxila (OH) do Carbono 1 (C1) do primeiro monossacarídeo. 

Isso é muito importante no processo de digestão dos carboidratos, pois as enzimas são específicas para cada tipo de ligação glicosídica, se uma determinada enzima hidrolisa a ligação alfa por exemplo, ela não o faria se a ligação fosse beta.

NÚMERO DE CARBONOS:
Os principais tipos de Monossacarídeos podem ter de 3 a 6 Carbonos.


  • Trioses: 3 Carbonos
  • Tetroses: 4 Carbonos
  • Pentoses: 5 Carbonos
  • Hexoses: 6 Carbonos
LOCALIZAÇÃO DA CARBONILA:

Carbonila é um grupo funcional constituído de um átomo de Carbono (C) e um de Oxigênio (O) unidos por dupla ligação. O Carbono é um átomo que precisa fazer 4 ligações para se tornar estável, pois tem 4 elétrons na sua última camada.
Sendo assim, no grupo Carbonila, o Carbono já faz 2 ligações então precisa de mais 2 para se estabilizar. Abaixo em vermelho, apresento-lhes a Carbonila:

Voltando a classificação quanto a localização da Carbonila:

  • Aldoses (aldeídos): possuem a Carbonila no início da cadeia carbônica (Exemplos: Glicose, Desoxirribose, Galactose, Manose, Ribose).
  • Cetoses (cetonas): possuem a Carbonila no segundo Carbono da cadeia carbônica (Exemplos: frutose, ribulose, xilulose).
 


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A DIGESTIBILIDADE:

A digestibilidade depende da presença de enzimas específicas que reconhecem e fazem a hidrólise (quebra) das ligações glicosídicas, liberando assim os monossacarídeos para serem absorvidos.  Ela varia dentre as diferentes espécies, no homem a classificação é assim:
  • Carboidratos digeríveis: sofrem degradação pelas enzimas humanas. Exemplos: amido, sacarose, lactose, maltose e isomaltose.
  • Carboidratos parcialmente digeríveis: por alguma razão não sofrem digestão no intestino delgado. Exemplo: oligossacarídeos (exceto maltodextrina).
  • Carboidratos não digeríveis: não sofrem degradação pelas enzimas digestivas humanas, mas podem sofrer processo de fermentação pelas bactérias intestinais, desempenhando importantes funções no organismo humano. Exemplos: polissacarídeos não amido, oligossacarídeos e amido resistente.

Chegamos ao fim da primeira parte, os Carboidratos têm uma classificação longa, mas é necessário entender o porquê de tudo, como eu disse no início, para tudo fazer sentido lá no final quando estivermos vendo as rotas metabólicas.

Se você chegou até aqui... obrigada pela paciência! Em breve tem mais...
Beijos,
Jéssica.





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